quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Brasil de Lula é inimigo do golpismo

Jornal, O Globo por Elio Gaspari

Lula disse bem: “O Brasil não acata ultimato de governo golpista. E nem o reconheço como um governo interino (…) O Brasil não tem o que conversar com esses senhores que usurparam o poder”.
Os golpistas hondurenhos depuseram um presidente remetendo-o, de pijama, para outro país, preservam-se à custa de choques de toque de recolher e invadiram emissoras. Eles encarnam praga golpista que infelicitou a América Latina por quase um século.Foram mais de 300 as quarteladas, uma dúzia das quais no Brasil, que resultaram em 29 anos de ditaduras. Na essência, destinaram-se a colocar no poder interesses políticos e econômicos que não tinham votos nem disposição para respeitar o jogo democrático.
Decide-se em Honduras se a praga ressurge ou se foi para o lixo da história. Nesse sentido, o governo de Nosso Guia tem sido um fator de estabilidade para governos eleitos democraticamente.Se o Brasil deixasse, os secessionistas de Santa Cruz de La Sierra já teriam defenestrado Evo Morales. Lula inibiu a ação do lobby golpista venezuelano em Washington. Se o Planalto soprasse ventos de contrariedade, o mandato do presidente paraguaio Fernando Lugo estaria a perigo.
Para quem acredita que a intervenção diplomática é uma heresia, no Paraguai persiste a gratidão a Fernando Henrique Cardoso por ter conjurado um golpe contra Juan Carlos Wasmosy em 1996. Em todos os casos, a ação do Brasil buscou a preservação de governos eleitos pela vontade popular.
No século do golpismo dava-se o contrário. Em 1964, o governo brasileiro impediu o retorno de Juan Perón a Buenos Aires obrigando-o a voltar para a Europa quando seu avião pousou para uma escala no Galeão.
A ditadura militar ajudou generais uruguaios, bolivianos e chilenos a sufocar as liberdades públicas em seus países. (Fazendo-se justiça, em 1982 o general João Figueiredo meteu-se nos assuntos do Suriname, evitando uma invasão americana. Ele convenceu o presidente Ronald Reagan a botar o revólver no coldre. Nas suas memórias, Reagan registrou a sabedoria da diplomacia brasileira).
O “abrigo” dado ao presidente Manuel Zelaya pelo governo brasileiro ofende as normas do direito de asilo. Pior: a transformação da Embaixada do Brasil em palanque é um ato de desrespeito explícito. Já o cerco militar de uma representação diplomática é um ato de hostilidade.Fechar a fronteira para impedir a entrada no país de uma delegação da OEA é coisa de aloprados. A essência do problema continua a mesma: o presidente de Honduras, deportado no meio da noite, deve retornar ao cargo, como pedem a ONU e a OEA.
Lula não deve ter azia com os ataques que sofre por conta de sua ação.Juscelino Kubitschek comeu o pão que Asmodeu amassou porque deu asilo ao general português Humberto Delgado. Amaciou sua relação com a ditadura salazarista e, com isso, o Brasil tornou-se um baluarte do fascismo português.Ernesto Geisel foi acusado de ter um viés socialista porque restabeleceu as relações do Brasil com a China e reconheceu o governo do MPLA em Angola.
As cartas que estão na mesa são duas: o Brasil pode ser um elemento ativo para a dissuasão de golpismo, ou não. Nosso Guia escolheu a carta certa.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Honduras, Arnaldo Jabor e o debate político brasileiro

O jogo político é algo no mínimo intrigante, todos falam em nome da ética, da honestidade e em defesa da democracia. Mas o que não se diz (e isso vale mesmo para os realmente honestos), é que antes de tudo isso, estão as convicções políticas, quais os ideais que norteiam certo político, por que estar nesse partido e não no outro, livre mercado ou um estado protecionista e por aí vai.
Enfim, nada mais normal. Daí temos a oposição de ideias tão saudável e natural num sistema democrático, embora sempre espinhoso. Mas como dito lá em cima, todos querem parecer os arautos da democracia, quando na verdade de forma sutil ou não, muitos desses (e não me refiro à totalidade, claro) em dadas situações, acabam traindo aquilo que dizem zelar, ao defender, ou ao menos não condenar (pelo menos, com o mesmo vigor que usariam para condenar o que lhes é ideologicamente oposto), ataques gritantes a democracia. Aí impera a política do dois pesos e duas medidas. A análise política nesses casos, passa a ser um ato quase de subjetividade, onde cada um vê o que quer, interpretando os fatos como melhor lhe convém. A questão é que não podemos a partir disso, justificar ou ignorar injustiças, somente porque "fulaninho" não me é agradável.
A introdução um tanto longa, serve para dar conta de uma prática comum e tendenciosa de políticos e da imprensa nacional - exemplificado aqui, na palavra e na figura de Arnaldo Jabor. Ontem, assistindo ao Jornal da Globo, fiquei impressionado (como se isso ainda fosse possível) com a sua desfaçatez e seu discurso hipócrita no que diz respeito ao golpe em Honduras. Tendencioso e escorregadio, quase beirando ao inacreditável, ele começou sua fala alegando ser antes de tudo contrário ao golpe. Porém, logo em seguida começou um discurso em que dizia que o golpe em Honduras, não foi aquele típico golpe latino americano do tipo, "porrada e fuzis" (as últimas notícias o desmentem); foi antes de tudo, em suas palavras, uma espécie de “golpe brando”, com a chancela da Suprema Corte, de parte do congresso e da Igreja (o que segundo o mesmo, daria alguma aura de legitimação).
Mas Jabor não cita, por exemplo, que o presidente foi surpreendido de madrugada em sua casa, por militares armados; sequestrado e mandado para fora do país. Claro, não é preciso comentar que esse é um ato totalmente ilegal e arbitrário. Além do que, o caro comentarista, simplesmente ignora o fato de que a população não apoia o golpe. Mas afinal, qual a importância do povo numa democracia, não é mesmo Jabor?
Chega ao absurdo de dizer que esse seria, "um golpe democrático" (lembremos que os militares brasileiros que deram o golpe em 1964, se utilizaram do mesmo expediente). Partindo sempre para o campo das hipóteses, ou pra quem preferir, da "futurologia", insinua que Zelaya teria a pretenção de se perpetuar no poder, a exemplo do que infelizmente parece querer o Chavez. Aliás, para a análise rasteira de Jabor, apenas o fato de Chavez (que vamos combinar, adora um holofote) apoiar a volta de Zelaya ao poder já indicaria essa pretenção. Aí ele praticamente bate o martelo. Mas como Jabor não é bobo, deixa tudo no campo do possível. Como não há provas contra para apresentar, prefere levantar hipóteses, jogá-las ao ventilador. Mas em momento algum fala a respeito dos golpistas e dos que os apoiam. E afinal, qual seria a reação de Arnaldo Jabor, se o congresso da Colômbia apoiasse um golpe contra Uribe por sua tentativa de aprovar uma segunda reeleição?
O que ele não comenta, e parece querer ignorar, é que consulta popular não é ilegal nem estranho à democracia; mas o golpe sim. E vamos concordar que o apoio de parte do Congresso e da Suprema Corte é no mínimo nebuloso, é absurdo derrubar um governo, porque este pretende fazer uma consulta pública. Isso sim é antidemocrático. E mais, o objetivo da consulta (que se daria concomitantemente à votação para presidente) tinha por objetivo, saber se a população concordava ou não, com a convocação de uma Assembléia Constituinte, objetivando uma reforma constitucional, onde uma das modificações, seria a possibilidade de reeleição presidencial. Desnecessário dizer portanto, que Zelaya não se beneficiaria do direito a reeleição. Lembremos, no entanto, que Fernando Henrique Cardoso, sem consultar os brasileiros, modificou nossa constituição com todo o apoio da forte base governista (a qual ele teve por todo o seu mandato), afim de incluir a reeleição presidencial, até então inexistente na nossa carta. Tudo isso feito sem maiores estardalhaços. Hipocrisia pouca, é bobagem.
Enfim, pra finalizar, a exemplo de Jabor, poderíamos fazer algumas perguntas bastante pertinentes, como por exemplo:
  • Quem são e que interesses norteiam os golpistas e seus simpatizantes?
  • Um golpe pode ser considerado democrático, mesmo sem o apoio popular?
  • Um golpe pode ser considerado mais legítimo do que uma consulta popular?
  • Por que os golpistas atentam contra as liberdades democráticas, como o direito a manifestação e a liberdade de imprensa, já que lá estão, para defender a própria?
  • Por que o Brasil que nunca apoiou o golpe, reconhecendo apenas Zelaya como o legítimo presidente de Honduras, não deveria dar asilo ao presidente deposto, assumindo uma posição covarde de lavar-as-mãos e fugir da questão?
Na verdade, Arnaldo Jabor fica o tempo todo em cima do muro (se é que podemos falar nisso), diz não apoiar o golpe, mas ao mesmo tempo tenta justificá-lo, numa espécie de apoio tácito. Só prova com isso, o quanto é desonesto, debochado e cara-de-pau. Acha que sabe de tudo, porém fala tão bem de política quanto de filmes na festa do Oscar.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Brasil concede abrigo a Zelaya em Honduras

Zelaya na representação brasileira em HondurasMais um personagem entra na trama complicada que envolve o golpe militar em Honduras, ocorrido em 28 de junho desse ano. O Brasil que até agora era um ator apenas coadjuvante, não mais que de repente, se tornou peça central da trama ao conceder abrigo em sua embaixada, em Tegucigalpa, capital de Honduras, ao presidente deposto, Manuel Zelaya.
Impedido pelos militares de voltar para o país, Zalaya teria viajado durante 15 horas, contando com diferentes meios de transporte, para chegar em anonimato à capital e pedir asilo na representação brasileira. As próprias autoridades brasileiras teriam sido surpreendidas pela presença de Zelaya, tendo o responsável pela representação (que está temporariamente sem embaixador) ligado para o chanceler Celso Amorim afim de comunicar a presença do presidente deposto e o seu pedido de abrigo, imediatamente concedido; visto que o Brasil o reconhece como o único presidente legítimo daquela nação. Com a notícia da presença de Zelaya na chancelaria brasileira, milhares de pessoas acorreram para o entorno da embaixada em apoio ao presidente.

Como reação, o governo interino, que sofre com o isolamento continental consequente do não reconhecimento pelas nações da Organização dos Estados Americanos (OEA), pediu o repatriamento imediato de Zelaya ao governo do Brasil e decretou toque de recolher, no intuito de impedir que a presença do presidente deposto se torne um incentivo maior para as manifestações populares. O que não surtiu muito efeito, pois muitos seguidores ainda continuaram ao redor da embaixada, num claro ato de oposição e desobediência ao governo interino.
A posição do Brasil para além dos que a criticam é legítima e lógica. O Brasil não está, ao contrário do que diz o governo interino, fazendo ingerência nos assuntos internos, e não há nada de ilegal no ato de conceder asilo. Conceder abrigo em embaixadas é algo até comum nas relações internacionais. A verdade, é que o governo golpista foi pego de surpresa, sabe que a presença do presidente deposto é um golpe inesperado na tentativa de busca da legitimidade, sobretudo com a população. Não podendo ser preso ou capturado, pois se encontra em território internacional, Zelaya se utiliza disso para em segurança, mandar o recado para o seus seguidores, de que não está vencido e que não desistiu de lutar pela restituição de seu governo.
Ao que parece, na minha modesta opinião, por mais delicada que seja a situação, os perigos para o Brasil são nulos; primeiro pela quase inexistente projeção de Honduras no cenário internacional, segundo que para piorar, o governo que lá está, não é reconhecido nem pela OEA e nem pela ONU, ou seja, não têm qualquer base de apoio internacional (quer seja político, quer seja financeiro). E mesmo considerando-se um quadro extremo, onde a embaixada poderia ser invadida; seria esta na verdade, uma decisão gravíssima de violação do direito internacional, um ato de guerra, o qual obviamente, eles não podem se dar ao luxo de cometer.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uma nação de loucos

Obama vai pegar vocês!!!Às voltas com a aprovação das diretrizes que vão reger o novo plano de saúde, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda têm que lutar contra a preconceituosa oposição direitista republicana. Não há dúvida, que à parte a cobertura tímida e constrangida da imprensa mundial, parece que os protestos que vem mobilizando essa oposição - indisfarçavelmente racista - ao novo plano de saúde, não provocam a consternação que deveriam provocar. Talvez porque eles afinal estejam se utilizando do seu direito à liberdade de expressão. Coisas da democracia (!?). Mas para tudo há limites, e quando pessoas se manifestam com o claro intuito de denegrir a imagem de alguém com mentiras absurdas - acusando-o de comunista, nazista (e é possível ser os dois ao mesmo tempo?!), anti-cristo, a favor da eugenia e tantas outras impropriedades - acho sim que aí, os limites foram extrapolados e muito. Ao se espalhar mentiras tão inacreditáveis (e eu próprio me pergunto se essa gente leva à sério o que diz) o foco acaba mudando, se perdendo do necessário debate político e indo para o campo da baixaria e das acusações doentias e bizarras. Enfim, me parece claramente, que há uma campanha não de simples oposição à uma medida ou posição do presidente, mas sim de desestabilização do governo, com ataques covardes e sem pé nem cabeça.
É necessário explicar certos aspectos dessa proposta. Em resumo, temos hoje nos Estados Unidos um sistema dos mais dispendiosos do mundo, onde apenas idosos e deficientes recebem cobertura do governo. Ao resto da população, sobram os planos de saúde privados. Os altos preços desses planos e o número crescente de americanos não cobertos nem pelo governo e nem pelos planos privados, demonstra a deficiência desse sistema injusto e desigual. A ideia portanto, é democratizar o acesso a esse sistema, com o governo americano oferecendo um plano subsidiado como alternativa aos planos particulares. Assim, o governo espera que a competição faça com que os planos particulares baixem os preços de suas mensalidades. Na minha sincera opinião, a proposta de Obama é boa, senão necessária. não é uma aventura Obamista (seria uma nova ideologia para o socialismo do século XXI?!) em direção à revolução bolchevista e nem tampouco, é inédita. Se essa direita raivosa já chama Obama de socialista por conta dessa nova proposta, imagine o que não devem pensar do vizinho, Canadá.
É, essa gente mais parece um bando de lunáticos, teóricos da conspiração, que acabaram de fugir do manicômio, além claro, de terem provavelmente matado todas as aulas de história na escola.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Leigo

por Luis Fernando Veríssimo

“Leigo” é o nome genérico de quem não está entendendo. Na sua origem “leigo” era sinônimo de “laico”, o contrário de “clérigo”, um cristão que não pertencia à hierarquia da Igreja. Com o tempo a palavra passou a identificar quem está por fora de qualquer assunto, e não apenas os eclesiásticos. O Leigo é mal informado, ingênuo e simplista. As coisas precisam ser explicadas com muita clareza ao Leigo, e mesmo assim ele custa a compreendê-las. Ele próprio costuma invocar sua condição e dizer “Sou leigo na matéria” quando se vê diante de um desafio intelectual. Diz muito isto. Porque tudo é um desafio intelectual para o Leigo. Mas o Leigo nos presta um grande serviço. Como seu raciocínio é simples, ele muitas vezes faz as perguntas óbvias que nós não fazemos para não parecermos simples. Há anos, por exemplo, não entra na cabeça do Leigo por que as tais “riquezas naturais” brasileiras de que ouvimos faltar desde a escola não enriqueceram o Brasil, ou pelo menos melhoraram a vida da maioria dos brasileiros, que, ao contrário, parece piorar quanto mais as riquezas são extraídas e exportadas. O Leigo nunca entendeu a venda, que mais pareceu uma doação, da Vale do Rio Doce, como nunca entendeu a campanha antiga e sistemática para desacreditar e doar a Petrobras. Agora o Leigo – na sua ingenuidade – não está entendendo essa discussão sobre o controle estatal do petróleo do pré-sal e o destino a ser dado ao produto da sua exploração, como se não estivesse na cara o que precisa ser feito. No plano internacional, o Leigo imagina que se todo o dinheiro gasto no comércio de armas fosse aplicado em projetos sociais, acabaria a miséria no mundo. Você e eu, que somos pessoas sofisticadas e por dentro, sabemos que o mundo não funciona assim, com esse altruísmo simétrico. Que se não gastasse com armas o mundo só gastaria em bebida e mulheres. E essa de que um país com os problemas sociais do Brasil não tem nada que estar comprando submarino atômico só pode ser coisa do Leigo. Bendito Leigo.

DUNGA

No Brasil, como se sabe, ninguém é leigo em futebol. Todos são clérigos, ninguém é laico. Mas os últimos sucessos da seleção criaram uma cisão entre os eclesiásticos com relação ao Dunga. Há os que os fatos obrigaram a aceitá-lo, e os que nada os fará aceitá-lo, muito menos os fatos.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como testar a paciência do cidadão

O usuário das Barcas, segundo os que a controlam!Todos sabemos que a polícia brasileira é uma polícia patrimonialista. Para dar um exemplo cabal e bem recente disso, vou falar do caso das BARCAS S.A., concessionária que faz a ligação, via Baía de Guanabara, do Rio com Niterói. Pois bem, essa empresa, que é o exemplo de descaso e abuso com o cidadão, obriga seus usuários, sobretudo nos horários de pico, a se espremerem nas estações lotadas e nas embarcações. Como se não bastasse isso, o preço da passagem aumentou de R$2,50 para R$2,80; sem claro, qualquer melhora no serviço.
A coisa continuará assim, pois não há concorrência, e inclusive há pelo menos uma linha de ônibus, ligando Rio-Niterói, que também é do mesmo dono das Barcas (a Viação 1001). Acontece que, como normalmente nesse horário de pico as estações já ficam abarrotadas de gente, mais parecendo uma lata de sardinha, basta atrasar para que aquilo vire uma verdadeira sucursal do inferno, com filas inimagináveis e claro, muita contrariedade e dor de cabeça para o pobre do usuário.
Foi assim q se deu a revolta meses atrás, e ao que parece, o clima não anda muito bom ultimamente. Tanto que já até vi por esses dias, policiais fazendo guarda nas catracas da estação. Estavam lá, os homens da lei, com seus cassetetes, prontos para impor a ordem, apostos para zelar pela inviolabilidade do patrimônio privado, olhando para os usuários (aqueles que realmente precisam ser protegidos de tantos abusos) com cara de poucos amigos, como se fossem estes, verdadeiros bandidos.
A falta de compromissos, os abusos e inclusive a arrogância dos diretores da concessionária - que parecem querer testar a inteligência do cidadão, dando declarações que beiram ao deboche - são de conhecimento geral. Ainda assim, mesmo sendo essa uma concessão pública - o que em tese deveria implicar uma séria fiscalização por parte do governo, no caso estadual - não vejo por parte das autoridades, medidas punitivas de fato sérias e concretas em relação à essa empresa. Ainda assim, muito pouco se faz. O descaso do poder público favorece a má conduta dessa empresa, permitindo que eles se dêem ao luxo de continuarem a desrespeitar seus passageiros.
Porém, basta o cidadão que vive esse tormento diariamente se revoltar, para que a tropa de choque da polícia apareça rapidamente, com todo o seu carinho habitual, prontos para conter a turba.
Polícia para quem precisa!
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