sábado, 13 de outubro de 2007

Blog Action Day: o mundo pede socorro

Para começar a falar a respeito de meio ambiente resolvi colocar essa parábola de autoria desconhecida que encontrei na internet.

Quebra-cabeça:
"Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos, que era muito inteligente mas também muito inquieto, invadiu o seu local de trabalho decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente deparou-se com uma revista onde havia um grande mapa do mundo, e teve uma idéia: com auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em muitos pedaços pequenos e junto com um rolo de fita adesiva, o entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo recortado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa.
Algumas horas, depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
No princípio o pai não deu acredito nas palavras do filho. Seria impossível, na sua idade, ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho mal feito e incompleto. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível ? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu fazer isto?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado da página havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi ai que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a montar a figura do homem, que eu sabia como era. Quando acabei, virei a folha e vi que o mundo tinha ficado
certinho também.
Moral da historia:
Para consertar o mundo "basta" antes consertarmos o ser humano."
Autoria desconhecida.
Bom, acho que essa pequena parábola ajuda a ilustrar bem essa questão que anda tão em voga ultimamente (e não sem motivos, claro) que é a questão do meio ambiente. Chegamos a um momento em que o mundo se encontra num verdadeiro estado de caos. Fizemos de tudo com ele, cometemos todo o tipo de agressão e agora começamos a pagar a conta da nossa ganância e estupidez.
Estamos no limite da irresponsabilidade, e em verdade, o que se faz na prática para se reverter esse quadro, é muito pouco. Enquanto o mundo agoniza, grandes potências (como Estados Unidos e China) se recusam a assinar acordos para amenizar o envio de gases nocivos para a atmosfera (como por exemplo o Protocolo de Kyoto). Alegando o direito que têm de explorar o meio ambiente (ou seja, destruir), com o fim de se manter o desenvolvimento e a manutenção de sua supremacia.É necessário começar a agir, mas não nos enganemos, muitas dessas soluções apresentadas são meros paliativos, que de fato apenas atentam para uma diminuição da destruição do meio ambiente. Precisamos sim, buscar novas formas de se produzir energia, ecológicamente correta que não provoque danos colaterais. Soluções já temos, a energia solar e a eólica (que é mais popular), são bons exemplos de energia limpa.

Bom... é aí que volto a parábola lá de cima. Ora, soluções existem. Falta sim uma vontade geral e sincera de mudança. Francamente, acho que no modelo de vida que gozamos atualmente, é um pouco hipócrita querer que mudem as coisas sem que antes mudemos nossos próprios habitos. Não é possível mudar o mundo sem que antes mudemos a nós mesmos. Ou seja, é extremamente necessário mudarmos nossa mentalidade a respeito de preservação. Desde coisas pequenas como evitar de jogar papel ou todo tipo de lixo no chão, economizar água ou se preocupar com reciclamento; até pensarmos se realmente esse tipo de vida que a nossa sociedade cultiva, baseada na acumulação incessante e interminável, influi negativamente numa degradação do meio ecológico.

É claro, é complicado chegar a conclusão que esse sistema capitalista (cada vez mais selvagem) é incapaz de mudar esse estado de coisas, pelo menos de uma forma realmente satisfatória. É então que percebemos que os problemas são realmente sérios, e que mudá-los não é apenas uma questão de diminuir as emissões de gases poluentes, ou criar leis fortes que punam industrias poluidoras. Essas coisas, que como eu disse, embora sejam medidas importantes, são meros paliativos.

Não é que o Bush odeie a natureza do fundo do seu ser, a ponto de não se importar com os caminhos que estamos trilhando. Mas é que, como não poderia deixar de ser, a questão que assombra o Tio Sam, é muito mais econômica. Segundo estudiosos do assunto naquele país, uma adesão dos Estados Unidos aos acordos do Protocolo de Kyoto, realmente criaria problemas financeiros e segundo dizem, até uma diminuição nos postos de trabalho. A opinião pública americana que inicialmente estava a favor do Protocolo, se voltou a favor da decisão de Bush da não adesão aos tratados, temendo a tal diminuição nos postos de trabalho e uma recessão. Não cabe a mim, aqui, decidir a validade ou não dessa posição economicamente alarmista tomada pelos americanos. De fato, sacrifícios e concessões precisarão ser feitas, não é mais possível usarmos a natureza como bem entendermos, como aliás sempre fizemos, sem que pagemos um alto preço por isso.Chegamos ao limite da irresponsabilidade, ou mudamos nossas atitudes em relação ao uso predatório que fazemos do meio ambiente ou do contrário continuaremos presenciando estarrecidos, cada vez mais, desastres naturais incontroláveis. E sinceramente não acredito que esse sistema capitalista seja copetente o bastante para "salvar o mundo", simplesmente porque num sistema baseado no lucro e na acumulação interminável de riquezas, a natureza óbviamente se torna um meio de exploração e é complicado querer se criar entraves para que as industrias deixem de poluir o meio em que vivemos, sem que isso comprometa diretamente seus lucros.
Talvez essa questão ambiental se torne o fator de crise para o sistema capitalista nesse século XXI. E antes que alguém me acuse de fazer parte da canalha comunista, digo, não sou comunista e uso o exemplo da União Soviética, que foi tão (ou quem sabe até mais) irresponsável quanto o ocidente em relação ao meio ambiente ou mesmo a China (que de comunista não sei o que têm). Mas enfim, o capitalismo e a questão do meio ambiente são os lados opostos de um imã. Precisamos como seres-humanos que somos, mudar nossas prioridades, do que realmente consideramos importante para as nossas vidas. Não é por falta de propostas, elas existem sim e algumas são bastante interessantes e poderiam ser levadas em consideração. Mas essa decisão cabe a cada um de nós, sobre o que entendemos por preservação do meio ambiente e que atitudes procuramos tomar para evitar sua degradação, como por exemplo, poupar água. Para que a humanidade dê um grande passo em sua relação com o mundo em que vive, é necessário a cada um de nós dar um pequeno e primerio passo, o da busca por uma conscientização mais humana e mais ecológicamente correta.

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