segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

As bobagens que a Míriam Leitão escreve

Abaixo reproduzo dois textos escritos pela jornalista da Globo, Míriam Leitão, publicados em seu blog, a respeito do plebiscito na Venezuela, ambos de 2 de dezembro de 2007 (domingo). Confira:

Chavez dá indício de que já acha que vencerá (às 18h47m)

A declaração do presidente Hugo Chavez de que respeitará o resultado seja ele qual for significa que ele já tem informações de que será o vencedor do plebiscito. Do contrário estaria falando em conspiração, em fraude.
Ele controla todos os poderes e inclusive o Comitê Nacional Eleitoral que permitiu que ele misturasse temas como as reeleições sucessivas com redução da jornada de trabalho. Dizendo sim a um o eleitor está dizendo sim a tudo. Isso facilita a aprovação do que ele quer.
Essas e outras manipulações, a proibição do debate, a ameaça aos jornalistas e a acusação de traidor para quem discorda dele aumentaram suas chances de vitória, apesar do sufoco dos últimos dias em que o "não" cresceu muito. Mas esta declaração dele é indício de vitória dele no plebiscito.

leia este também:

Chavez manipula as regras antes das eleições (às 21h58m)

As bocas de urnas confirmam a impressão deixada pelas declarações de Hugo Chavez. Ele ganhou o referendum.
E agora? A sociedade continuará cada vez mais dividida. 50% não foram votar e a boca de urna lhe dá pequena margem por uma pequena margem.
Um dos seus truques foi embrulhar os seus interesses com medidas populares. Ou seja: reeleição indefinida com redução da jornada de trabalho.
Fim da autonomia do Bano Central com proibição de hora extra imposta pelo patrão.
Patriotismo com mais poder para ele mesmo.
Quem não está com ele, é apontado como traidor e é por isso que seu ex-ministro da defesa foi ameaçado por um leitor armado de revólver.
Com métodos assim, Hugo Chavez vence as eleições. Ele nem precisa fraudar eleição, ele manipula as regras das eleições. E tem ganhado até agora.
Seus imitadores, Evo Morales e Rafael Correa, não têm tanta força quanto ele em seus países mas conseguem produzir as mesma divisões na sociedade.

eleitor chega para votar
Pois bem, para mim, isso só prova como essa senhora é uma má jornalista, o que dirá analista (percebe-se que suas previsões não são lá muito confiáveis). Esses dois textos são um show de besteira e preconceito. Bom, tá mais que provado que estas eleições foram de fato democráticas. Se houve abusos, eles ocorreram dos dois lados. Pois é sabido que a oposição chavista convocou seus eleitores para que após a votação, continuassem nas suas zonas eleitorais para fazer boca-de-urna; além do fato de terem, durante todo o dia de domingo, alardeado e denunciado uma suposta tentativa de fraude, com o fim de invalidar aquele pleito. Não podemos esquecer também, que à frente desse movimento oposiocionista está um setor da sociedade civil (a RCTV incluída) que apoiou abertamente o golpe militar de 2002, mesmo sabendo, que a maioria da população venezuelana apoiava o presidente. Agora, como bons moralistas hipócritas, vivem a falar em Democracia.
Eu particulamente, nutro muitas reservas à idéia de permanência por longos períodos no poder. Não sou o que poderia se qualificar como um entusiasta de Hugo Chavez. Porém o que a mídia vêm fazendo é de revoltar qualquer um, até clima de guerra estão querendo criar. É um espetáculo de mentiras e histórias contadas pela metade. Ou seja, contar apenas o que interessa, e isso é de um mau-caratismo sem tamanho. Sinceramente já cansei disso, cansei dessa imprensa ruim e anti-ética.
Enquanto isso em Washington, o presidente George W. Bush recebeu a notícia da derrota do "sim" com alegria. Recordar é viver. Os Estados Unidos juntamente com a Espanha de Aznar, foram os únicos países que reconheceram o golpe contra Chavez em abril de 2002. Pano rápido.

Para quem interessar, aqui vai o blog da Míriam Leitão:
Abraços!!

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